Nossa Senhora Imaculada Conceição

Padroeira de Imbituba

Até 1878, os católicos da região veneravam como patrona, Santa Anna, já que por aqui tudo era "Freguesia de Santa Anna de Vila Nova". Por essa época, em nossas águas, mais precisamente na direção da Praia de Vila Nova, em razão de forte vento nordeste, um pequeno navio de bandeira inglesa, que transportava equipamentos para a construção da Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, naufragou.

Dizem os mais antigos que a embarcação, após a parada de suas máquinas, ficou a deriva, encalhou e depois naufragou, salvando-se todos os tripulantes, inclusive o seu comandante. Este, homem religioso e devoto de Nossa Senhora, trazia entre seus pertences uma imagem pequena de Nossa Senhora da Imaculada Conceição na cor azul e branco.

Esta pequena imagem de Maria foi entregue pelo comandante, primeiro a um senhor morador da região chamado de “Capitão Caldeira”, e, tempos depois, teve a sua guarda confiada a um imigrante português de nome Joaquim Galindro. Este a colocou sobre um pequeno altar no centro da capelinha da praia, dedicada a São Pedro Pescador, construída em 1898 próximo aos armazéns do porto de Imbituba, bem de frente para o canto da praia, a chamada Baía de Dom Rodrigo, onde havia uma vila de pescadores. À partir daquela data, Maria Imaculada passou a ser a padroeira de Imbituba.

No ano de 1982 esta imagem foi roubada da igreja matriz, sendo substituída por uma réplica.

 

A Rainha de todos os santos

Esta verdade, reconhecida pela Igreja de Cristo, é muito antiga. Muitos padres e doutores da Igreja oriental, ao exaltarem a grandeza de Maria, Mãe de Deus, usavam expressões como: cheia de graça, lírio da inocência, mais pura que os anjos.

A Igreja ocidental, que sempre muito amou a Santíssima Virgem, tinha uma certa dificuldade para a aceitação do mistério da Imaculada Conceição. Em 1304, o Papa Bento XI reuniu na Universidade de Paris uma assembleia dos doutores mais eminentes em Teologia, para terminar as questões de escola sobre a Imaculada Conceição da Virgem. Foi o franciscano João Duns Escoto quem solucionou a dificuldade ao mostrar que era sumamente conveniente que Deus preservasse Maria do pecado original, pois a Santíssima Virgem era destinada a ser mãe do seu Filho. Isso é possível para a Onipotência de Deus, portanto, o Senhor, de fato, a preservou, antecipando-lhe os frutos da redenção de Cristo.

Rapidamente a doutrina da Imaculada Conceição de Maria, no seio de sua mãe Sant’Ana, foi introduzido no calendário romano. A própria Virgem Maria apareceu em 1830 a Santa Catarina Labouré pedindo que se cunhasse uma medalha com a oração: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.

No dia 8 de dezembro de 1854, através da bula Ineffabilis Deus do Papa Pio IX, a Igreja oficialmente reconheceu e declarou solenemente como dogma: “Maria isenta do pecado original”.

A própria Virgem Maria, na sua aparição em Lourdes, em 1858, confirmou a definição dogmática e a fé do povo dizendo para Santa Bernadette e para todos nós: “Eu Sou a Imaculada Conceição”.

Nossa Senhora da Imaculada Conceição, rogai por nós!

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